terça-feira, 14 de abril de 2015


Soltando os bichos

O urubu
O voo mais bonito é do feio urubu, que passeia pelas nuvens do Brasil até o Peru. Ele dá uma pirueta e voa mais que o gavião, mas quando está com fome voa mesmo é para o chão.
O tatu
O tatu quando tem medo cava, cava, sem parar escondendo do homem mau que só pensa em matar ele cava o mundo inteiro procurando proteção, se no Brasil não tem saída ele cava até o Japão.
O gato
Ele pula sete vezes multiplicando por sete. Tem as unhas afiadas parecendo um canivete. É mansinho e treteiro come todo o espaguete é amigo do leiteiro e vive pintando o sete.
O cachorro
Late com o barulho da lata, luta igual ao leão. Guarda a casa do amigo, não deixa entrar ladrão. Pega o jornal na boca e entrega pro patrão.
A girafa
Do pescoço da girafa me contaram uma história, engoliu uma garrafa, se não me falha a memória. Depois de tanto tossir a cabeça espichou a garrafa voou longe e o pescoço assim ficou.
O leão
Rei da selva, rei da vida. Rei da caça, rei do ouro. Ele é muito afamado, mas tem medo do besouro.
O papagaio
Ele é tão falador, que quer ser o presidente. Prometeu salvar os bichos da floresta tão doente. Mas com tanto falatório um passarinho assim falou: Papagaio mente tanto que meu voto não levou.
O pavão
Mandaram de presente um leque para o João, quando ele abriu a caixa foi surpresa e confusão, pois o leque colorido era apenas um pavão.
Os peixes
São fachos de luz no fundo d'água. Uns machos, outros fêmeas, nadando juntos formando poemas.
O cavalo
Cavalinho galopando, saltou mais de mil estrelas. Se eu pudesse, viveria galopando a vida inteira, laçaria todos os astros, varreria todo mal e meu coração seria uma beleza de curral.
A galinha
Come milho, enche o papo. Bate papo no terreiro se apaixona pelo galo que cantou o dia inteiro.
O periquito
Pequenino e bonitinho, canta, canta, sem parar. Voa em bando pelo mundo comento as frutas do pomar. Quem quiser seguir seu rumo tem que aprender a voar.
O macaco
Pulando de galho em galho ele apronta estripulia. Gosta de comer pipoca e entrar numa folia. Fica todo lambuzado quando come melancia, ainda assopra os caroços na cabeça da Maria.
A elefanta
Armaram uma festa no céu e convidaram a bicharada. A elefanta de tão grande não pôde ser convidada. Chorou tanto aqui na terra que a festa foi cancelada, descobriram que sem ela a festa não seria da pesada.

Paulinho Pedra Azul
In: Soltando os bichos, de Paulinho Pedra Azul
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=56250



Caderno de Poesias

Caderno de Poesias
é um belo lugar.
Tantas coisas lindas
que eu gostaria de falar.
Eu falo em forma de versos
para todos poderem escutar.
Agora você já sabe
porque os poetas passam os dias
escrevendo em seus cadernos de poesias.

Clarice Pacheco



domingo, 15 de março de 2015



"Não quero adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa."

Oscar Wilde


Art by Bernard Charoy